Quando Deus criou o homem, ou quando o big-bang iniciou o processo de aceleração universal, nós começamos a escolher. Escolhemos viver sob a luz do sol ao invés da noite, talvez pela facilidade de caça, pela segurança e pelo nosso instinto de auto-preservação.
Nós não fomos feitos para tal coisa. Claro que fomos, fomos feitos para tudo, pois nós criamos cada um dos elementos que regem hoje o nosso dia-a-dia. Foram as escolhas dos nossos antepassados que nos levaram aos caminhos que percorremos hoje e são as nossas escolhas que levarão nossos descendentes aos caminhos que eles trilharão.
Quantas vezes você já ouviu falar que devemos preservar o mundo para nossos filhos, netos ou bisnetos?
O que eu quero dizer é que tudo a nossa volta é uma questão de crença e escolha. Cremos que deixamos de acreditar em um ser supremo, cremos que devemos seguir nossos caminhos por qualquer direção que nos convenha, mas na verdade, não nossas escolhas e nossa capacidade de ser escolhido é que decide.
Na verdade a idéia deste texto nem é tanto de refletir sobre as questões do universo. É um pouco de auto-reflexão para decidir, escolher qual a opção que quero para o meu próprio caminho.
A idéia de que eu sou responsável pelas minhas escolhas chega a ser assustadora, pois nesse caso, eu deveria admitir que eu escolhi ficar duro, sem um tostão furado para ter a vida que tenho hoje. Não deixa de ser verdade. Foram minhas decisões que me trouxeram até aqui, e sinceramente? Não me arrependo. Estou duro, mas estou feliz.
Entretanto, a ambição é um adjetivo intrínseco ao ser humano, e a minha preocupação com o futuro é latente. A inveja, também o é. Oh, puxa-vida, como invejo os perseverantes que conseguiram seguir em frente e criar grandes corporações e hoje podem dar-se ao luxo de escolhas melhores do que as do tipo: pago conta x ou conta y?
Não que eles não tenham que fazer escolhas diárias, mas seria muito mais interessante fazer escolhas com dinheiro no bolso não?
Enfim, não cobiçar a cruz alheia, sei que dinheiro no bolso só não é felicidade. E que felicidade sem dinheiro também dá trabalho e cria atritos.
Mas estou fugindo do assunto. A idéia é: A arte de acreditar, ser escolhido e escolher. Por que resolvi falar sobre isso? Simples. Eu queria muito acreditar. Voltar a crer. Olhar para o futuro e acreditar que há forças regentes. Sim, eu acredito em Deus, não é essa a questão. Queria acreditar que existem mais coisas entre o céu e a terra do que ele apenas nos observar a tomar nossas decisões lá de cima sem interferir.
Queria acreditar como quando eu tinha meus 15 anos, que um ritual, talvez salvasse o pedaço. Queria muito ouvir a voz do coração para despertar a fé, no sentido literal da palavra é seguir em frente através dela.
Essa é a necessidade de se esforçar para a arte de acreditar, e eu queria muito acreditar. Acreditar em incorporações. Acreditar que há um outro lado que nos ajuda ou nos atrapalha. Acreditar que tudo não passa de um placebo para nossa necessidade constante de apoio.
E nesse caso, escolher e ser escolhido são totalmente ligados a isso, em todas as questões. Aliás, poder-se-ia dizer que acreditar escolher e ser escolhido, assim como entrada, processamento e saída são ligações indizíveis.
Tudo faz parte de um triplece síntese das coisas que realmente acontecem no mundo. Para eu ser escolhido, tenho que escolher acreditar. Mas para escolher a acreditar eu deveria escolher um caminho que me levasse a essa forma de pensar.
Não é tão simples. Acreditar, faz com que escolhemos de forma monumental os nossos passos e que façamos de tudo para seguí-los. Mas como acreditar se não conseguimos escolher o caminho que desejamos sem abrir mão daquilo que nos faz bem?
Não sei. Alguém tem a receita mágica e indolor? Dúvido.
Cansei desse texto.
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