19 outubro, 2010

Feliciano

Estava pensando em que tipo de texto blogar. Não que eu queira voltar a essa vida, mas já que no final de semana passei certo período de tempo arrumando um pouco a casa, nada melhor do que colocar um pouco de conteúdo nesta birosca.

Aliás, além de conteúdo esse blog é muito útil para tentar por um pouco de ordem na “jaca” que fica sobre meu pescoço. São tantos pensamentos que vêm e vão que o sono, para variar, foi-se!

Na verdade, não há um assunto específico sobre o qual eu queira discorrer, mesmo porque com a minha sutiliza, se o fizesse hoje seria um tapa na cara e não um texto sutil. Portanto, vamos tentar por ordem no onanismo mental de uma maneira mais tangível a fim de tirar um pouco de proveito, próprio (vou logo avisando), do que ficar enrolando num texto sem pé nem cabeça.

Acho que vou tentar reescrever um conto, faz tempo que não utilizo-me dessa tática, será que ainda consigo escrever uma boa história? Principalmente sem colocar nenhum personagem de terror no meio? Tentarei.

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Era um dia como outro qualquer. Feliciano acordou, abriu seus olhos, olhou em direção ao relógio que em letras digitais marcava 7:30 com uma bolinha na parte de cima que apontava o AM. Esfregou a cara pensando no motivo de ter despertado tão cedo se havia planejado dormir pelo menos até as nove horas da manhã.

Deitou-se novamente procurando o sono e o sonho em que havia se metido, mas nenhum deles voltou. Aliás, quem apareceu foi a vontade crescente de levantar-se. Coçou-se, mexeu-se e por fim desistiu de lutar contra a vontade do seu corpo e se levantou.

Caminhou em direção a cozinha procurando algo para beber. Um café, uma coca-cola, um energético, qualquer coisa patética que seja fácil de ser produzida e que tenha uma boa dose de cafeína para que eu consiga fazer minha pálpebra parar de pesar e querer lutar contra o mundo.

Não achou nada na geladeira. Contentou-se com um copo de água e foi ao banheiro se lavar.

Passado alguns minutos, pelado, caminhou pela casa tiritando de frio em busca de algum agasalho. Vestiu-se e abriu um fresta da janela observando a rua. Ninguém estava lá. Estava escuro ainda.

“Mas era 7:30, agora já deve ser umas oito e ainda está escuro?”. Voltou-se novamente ao relógio que marcava 8:30 com a bolinha vermelha na parte de baixo, marcando PM.

“Deus do céu, estarei ficando louco? O Dia já acabou?”

Despiu-se, foi ao banheiro que ainda estava enevoado com o vapor, tomou outro banho para deitar-se.

“Não lembro de ter feito absolutamente nada. Nem sequer comi alguma coisa. Deve ter algo de errado com o tempo.”

Mal sabia Feliciano que ele estava sobre uma peça dos Deuses. Cronos gargalhava ao lado de Loki e Jesus Cristo, seu irmão mais novo, pela peça pregada em Feliciano.

Loki comentou:

- Cronos, que brincadeira sem graça! Isso é coisa que se faça com a cabeça da pobre criatura? Foi tão infanto juvenil.

- Não torra Loki – respondeu cronos.

- Calma meus irmãos foi um tanto satisfatório – ponderou Jesus.

- Satisfatório nada, é o dom dele rearranjar o tempo. Não teve criatividade nenhuma. O pobre In-Feliciano, sequer teve tempo de entender o que estava acontecendo, pareceu coisa daquele filme desta época que o cara fica voltando para o mesmo minuto depois de algumas horas.

- Você é capaz de fazer melhor Loki? – trovejou Cronos que já atirava algumas pequenas ampulhetas sobre Loki que desviava gargalhando.

- Claro! Observe.

Feliciano abriu os olhos. Quis se levantar e percebeu que já estava de pé e vestido. Que havia perdido a hora para sair de casa. Correu. Pegou o carro. Dirigiu-se a empresa.

- Muito bonito seu Feliciano, atrasado novamente? – perguntou o chefe.

- De-desculpe. – cabisbaixo passou pelos olhos severos do chefe e foi até seu cubículo no escritório de alta tecnologia, onde ele, passava horas e horas procurando virgulas que faltavam em códigos nada compreensíveis dos programadores que ganhavam muito bem e eram os bam bam bam do pedaço.

- Ligou seu terminal – aguardou um tempo enquanto este iniciava.

Bateu algumas vezes o dedo sobre a mesa, pensou em ir buscar um café, mas uma voz soprou sobre seu ouvido:

- Feliciano, por que faz isso com a sua vida?

Sobressalto.

- Que-quem está ai?

- Sou a sua consciência – respondeu a voz segurando um riso.

- Não tenho consciência.

- Claro que tem, eu que aviso você que sua vida está sendo disperdiçada.

- Claro que não, eu não a tenho, gosto daquilo que faço.

- Não gosta. Todos os dias você olha o relógio e percebe que o tempo se esvaiu. Que a sua vida é medíocre e que você não ganha bem o suficiente. Esmurre seu chefe, agora!

- Tá louco? Bebeu foi? – respondeu em voz alta.

O suficiente para outras pessoas do departamento levantarem a cabeça e tentarem identificar com quem Feliciano conversava.

O assunto continuou por algum tempo.

Uma moça de branco aproximou-se:

- Feliciano, sou Etherea, a enfermeira do quinto andar.

- Nos temos enfermaria?

- Não, eu fico na sala de atendimento psicológico.

- Nós temos sala de atendimento psicológico?

- Não, você não tem nada. Na realidade, você tem um encaminhamento por falar sozinho, vem comigo? – a última parte soou mais gentil porém ligou um alerta na cabeça de Feliciano.

- Você acha que sou louco?

- Você fala sozinho.

- Não, não falo, estava falando com minha consciência. Conte para ela consciência...

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Cansei da minha viagem.. amanhã quem sabe termino?

Falou people.

2 comentários:

  1. Quero toda a história...
    Você escreve muito bem...deveria publicar....
    Amo vc

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  2. ...tb. quero saber os próximos capitulos...bjs..

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