11 agosto, 2008

Pinturas...

Pintei minha primeira tela a óleo em 1993. De lá para cá foram pinturas em 94, 98 e algumas tentativas frustradas em outros anos. Desenhos jogados em pastas furtivas no meio da bagunça, rabiscos nos cadernos, porém nunca abandonei de vez os desenhos. Sempre rabisco alguma coisa, principalmente se estiver perdido em pensamentos.

Quem me conhece um pouco sabe que aprecio arte, fotografia, imagem (bem feitas) e que sou “crica” com isso. Não tenho pretensões de me tornar um artista, muito pelo contrário, quem sabe póstumo se eu fizer alguma coisa que valha a pena nesta vida, mas estou fugindo do post.

Enfim, desde que essa crise existencial se instalou na minha cabeça, tenho tentado reencontrar o caminho para sair do labirinto particular sem apelar para o álcool ou outra substância qualquer. Quero descobrir do que gosto, dar um término às coisas que não me servem mais. Não tenho mais idade para ficar me afundando em fugas temporárias, nem pique. Sinceramente, se tentar é bem capaz de não sair mais desse maldito buraco e sinceramente quero encontrar a saída desse labirinto e não me afundar ainda mais.

Para ajudar, ainda existe a insônia, a consciência, a falta de credibilidade própria. Acho mesmo que a definição correta seria um ser vazio: sem fé, sem sonhos, sem amor, sem tesão para qualquer coisa. Sem horizonte. Sem eu mesmo em mim. Pois é. Outro dia decidi que pintaria a latinha do meu cigarro, depois pintei outra latinha que tinha em casa. E hoje decidi ir a feira da praça da república comprar uma tela.

Esse é o resultado inicial. Será que vai pra frente? Não sei. Vou tentar, vai ficar me atrapalhando aqui.

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O original é este:

Está no fundo, na tela do computador na primeira imagem. É uma cena do filme Gabriel, a vingança de um anjo de Shame Abbess que por sinal, recomendo só se você não tiver mais o que fazer, pois é fraquinho. A fotografia do filme é legal, mas tirando isso, é uma aventura teenager, nada demais ou que agregue algo. Os modelos então são Samantha Noble e Andy Whitfield, embora eu tenha trabalhado um pouco a foto no Photoshop para ficar do jeito que eu queria.

Enfim. Resolvi publicar aqui também as outras telas que já fiz.

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Essa foi a primeira em óleo. Não foi a primeira a ficar pronta, passei outras na frente, enfim... é "a cópia" de uma paisagem de folhinha de brinde.

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Essa saiu de dentro da minha cabeça. Não me perguntem o que significa. As mãos são as minhas em 94! :P

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Essa foi a primeira a ficar pronta. Cópia de uma outra gravura. 1993. Faz tempo para caramba....

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Essa é a minha favorita. Sem o flash as cores ficam mais sombrias. Foi a última da série dos anos 90 da cópia de gravuras. Quem sabe um dia saio atrás das imagens na web e posto também?

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Essa foi a primeira cópia de gravura que havia feito. A primeira versão dela foi feita em uma tela de isopor com guache. Depois que comecei a pintar com óleo foi a primeira a ser refeita. Também a cópia de uma gravura de uma praia qualquer em algum lugar qualquer.

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Outra também que saiu de dentro de mim. Curioso, agora que me toquei que as duas telas que tenho feitas por mim têm barcos. Será que existe alguma ligação? o.O

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Minha vela. 1998. Dez anos depois recomeço a pintar. Qual será o tema em 2018? Será que estarei vivo?

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E para fechar uma cópia de Renoir. Foi criada sobre o pedido da minha mãe e depois foi exposta no finado Banespa de Rio Claro. Na época não deixaram eu colocar o nome da tela: "A vesga". Tentem descobrir o motivo desse nome.

Enfim... é isso. :-)

2 comentários:

  1. Eu sei, Eu sei, Eu sei!!!!

    O PETINHO CAOLHO! =]

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  2. "A Vesga" é? Legal. hehehehe

    Ó você, cheio de talentos, hein? Parabéns. Telas lindas. =)

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