18 junho, 2009

A importância do valor dado

Hoje enquanto eu tomava meu banho fiquei pensando neste texto. Faz muito tempo que não escrevo algo focado, com um propósito, e enquanto pensava nas coisas da vida veio esta idéia.

Então se prepare: este será um texto quase daqueles que se lê em livros de auto-ajuda.

A importância do valor dado

Lembro quando na faculdade, um professor deu um exercício sobre valor. Qual o valor de um produto ele perguntou na época e todos tivemos que escrever o que era o valor empregado a um produto. Não, não era o preço, era o valor. O que ele proporcionava. Bem estar? Quanto valia isso e quanto poderia ser agregado em precificação na época para tal valor?

Enfim, exercício a parte, hoje me peguei pensando no valor que empregamos às coisas do dia a dia. Quanto valor nós atribuímos a coisas certas, que nos dão prazer e nos são caras e quanto valor empregamos em coisas sem serventia?

Quando deixamos de dizer a pessoas que realmente importam que elas são importantes para nós para nos dedicar tão exclusivamente ao emprego, ao trabalho onde podemos ser substituídos de um dia para outro, só por que chegou uma máquina ou um estagiário melhor que a gente.

Costumava dizer, quando era gestor de um departamento, que ninguém é insubstituível e referia-me a mim mesmo naquela época. E hoje a empresa, garanto, está como estava ou até melhor sem a minha presença. E a que preço? Sim, nesse caso a que preço.

Na época eu era uma pessoa estressada, de cara amarrada, ria muito pouco e não me importava em dizer a algumas pessoas que gostava delas e nem dava a devida atenção. Hoje, posso garantir que melhorei isso, e aqueles que me são caros, mãe, Shirlei, alguns amigos, sabem mesmo que não tão diretamente que eles o são importantes para mim.

Talvez tenha sido fruto de algum tempo de análise, mas talvez seja só maturação mesmo. A idade dos 30 anos faz a gente repensar alguns pontos.

Mas hoje posso ver claramente que um abraço em uma pessoa que gostamos é muito mais importante que chegar at point, mesmo por que, o tempo que levaremos para dar esse abraço ou dar um pouco mais de atenção, desperdiçamos no Orkut, no MSN e em outros milhões de ferramentas que adivinhem? Junta as pessoas que: Gostamos.

Então, qual o valor que atribuímos ao afago a um cachorro que faz uma festa imensa só por nos ver? Qual o tempo que ganhamos por abraçar um pouco as pessoas que estamos juntos e falar, oi eu te amo. Qual o tempo que “perdemos” por dar um minuto de atenção (talvez um pouco mais) para essa pessoa. Realmente isso muda a nossa vida a ponto de termos que sair correndo?

Certo, graças aos problemas, e preocupações de hoje, temos sim que correr, correr, correr. Mas para que? Para onde estamos tentando ir se muitas vezes o que mais procuramos e mais queremos é aquele simples lugar calmo, sem tumulto que custa menos do que esperamos?

Qual o objetivo de vida? Acho que viver. Qual o objetivo de ter tanto dinheiro? De viver? Ou somente seria gastar e ganhar mais e gastar e ganhar mais e na verdade não aproveitar um poucos momentos de felicidade, parado, abraçados olhando um lago sereno e alguns patos a gritarem?

Qual a importância e o valor que atribuímos as coisas? Qual o valor correto a atribuir às coisas? Por que e para que correr tanto se não vamos pegar um trem? E se perdemos esse trem? Perderemos o que? Por que ficamos tão bravos? Tão chateados?

Damos atenção as devidas pessoas que estão do nosso lado? Eu posso dizer que eu não dou. Gostaria de dar mais atenção a minha mãe, aos meus amigos, a minha família. Mas por que não faço isso? Por que estou correndo na internet para ler algum texto bobo que me mostre exatamente o contrário disso?

Agora me lembrei do comercial da MTV que dizia: Desligue a TV e vá ler um livro!

A idéia foi genial, mas será que alguém foi realmente ler um livro ao invés de continuar a assistir a programação? Engraçado que nem sempre damos atenção devido a isso. Por que agora, ao invés de ler este texto, você não liga para alguém que você gosta e fala, oi, só liguei para falar que gosto de você.

Pois é. Hoje eu sei que isso é mais importante do que correr, correr, correr para não chegar a lugar algum.

2 comentários:

  1. Acho que a chegada dos trinta faz a gente começar a pensar nessas coisas.
    Eu andei pensando MUITO nisso ultimamente.
    Será que o meu emprego vale as úlceras e as noites mal dormidas por causa do stress?
    Tenho um amigo, bancário, func. público, que vive estressado e gastando dinheiro com análise. E ele tá falando de prestar concursos pra cargos maiores, onde ganhe 10, 12 mil... Será que vale MESMO a pena? Ganhar 12 mil pra gastar metade com análise e gastro?

    Eu to começando a achar que o melhor que tenho a fazer e trabalhar sozinha e com o que gosto, talvez fique mais "rica" desse jeito!

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  2. Prefiro nem ficar rica, do que ganhar rios de grana e perder minha vida e minha saude....
    Crise dos 30 mode {ON} tbem.... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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