21 novembro, 2008

Super Herói, Hancock

Hoje assisti Hancock, o super herói da atualidade. Assumo que tinha um pouco de pre-conceito pelo trailler do filme, achei que era uma comédia. Tá, é uma comédia ficcional, mas trata de algo mais profundo. É um filme interessante para viajar, como tenho feito atualmente. Pensar sobre o que há por trás do mundo para entender a Sindrome de Aquário (falo disso um outro dia). Mas enfim. São coisas tão estranhas que correm nas entrelinhas, coisas que faz com que pensemos, que trevosemos um pouco sobre o que há e o que deixa de existir.

No final, acho que penso melhor do que chego a concluir esse tipo de idéia, mas resolvi até capturar um trecho da legenda do making off do filme pois algumas coisas foram profundas. Claro. As entrelinhas sepre existirão, e o pior é você dar a conotação que deseja a elas, mas a viagem pode ser bem maior que isso, mas acho que já chega para tentar organizar um pouco a cachola. Enfim… O blog antigamente servia como depósito de idéias, e atualmente e aos poucos, vou pô-lo em ordem para conseguir desbravar o caminho do labirinto que existe.

Há pouco tempo disse, que um problema da humanidade atual é que não há exemplos. Não há heróis e não há um único objetivo que faça a todos seguirem um ideal que não seja o próprio umbigo. Enfim, isso é corrosivo, em uma época totalmente patética onde todos dependem e tornam-se ilhas. Enfim… não é a toa que o Brasil atualmente conta com muito mais gente solitária que antigamente. Internet, isolamento, fechar-se em uma concha é algo confortável, seguro. Assumo. Mas ruim. Quem sabe um herói corrosivo não seja o exemplo certo a se explorar?

Enfim, chega dos delirios da madrugada. Que preciso dormir….

PS: Se você que sabe quem é que me refiro está lendo isso… sim, somos todos estranhos em… digita apaga digita apaga… conhecer as coisas a fundo ou cercarnos do inevitável.

Nossa, to viajando muito… vou dormir.

Segue a legenda do filme.

Fiquei muito entusiasmado com a oportunidade... De criar um novo super-herói. Na verdade, o filme é um filho de Vincent Ngo... Roteiro original de Vy Vincent Ngo revisado por Vince Gilligan... criado por Vincent Gilligan. Eu tinha trabalhado com Vince Gilligan na televisão. Chamamos Vince e começamos a aumentar a escala do projeto.

''A vida aqui é difícil pra mim... Já que sou o único da minha espécie. ''

A missão como descrita... Por Akiva Goldsman e Michael Mann era tornar o personagem e a história mais acessíveis, se é que me entendem.

''Vocês merecem o melhor de mim. Eu vou melhorar. '' É isso aí.

É uma idéia muito única, bizarra e maravilhosa. Você salva vidas, as pessoas o rejeitam... E você as rejeita. É um círculo vicioso, e nós vamos rompê-lo. Vamos começar do zero.

As portas se abriram para nós e começamos a sentir... Como se tivéssemos uma história com um pano de fundo mítico... Que podíamos transformar, de uma forma bem legal... Em algo comum e atual. Quando olhamos para Hancock, que se isolou... Da humanidade e do mundo... Sentimos que só existe tristeza... Nesse tipo de separação.

Que mau caráter eu devia ter sido... Pra ninguém me procurar no hospital? (para ser sozinho e o único no mundo de tantos iguais? Egocêntrico eu? Talvez.)

O lado mitológico da história é que todos têm um propósito.

E que se você não cumpre o seu propósito... Só vai viver tristeza na vida. Você é predestinado, um herói. Vai sofrer a vida toda... Até aceitar isso.

O que é um super-herói? É uma coisa que aceitamos... Sem nenhum questionamento? Eles são figuras míticas que estão no nosso meio. E perpetuam o universal da experiência humana. Eles eram seres supremos... Que consideramos deuses.

Deuses, anjos. Em diversas culturas, diversos nomes.

O da moda agora: super-herói. Eles eram seres imortais que tinham poderes sobrenaturais.

Mas tinham as mesmas fraquezas, os mesmos ódios... E eram sujeitos a depressão como nós. Hancock é tragicamente abandonado... E bebe até ficar do jeito... Em que o encontramos. (O caminho mais curto para fuga é o melhor? Não.)

Ele sente muita dor e entende... Que precisa enfrentar essa dor.

-Todos têm escolha.

-E você escolheu... Deixar-me pensar que eu estava aqui sozinho.

Descobrimos que ele não é o último da sua espécie. Os dois são. O que ele não se lembra... É que a relação conflituosa deles... Já dura uma eternidade. Ou o que eu tenha feito... Olha pra mim. Perdoa-me. O que causa... Essa atração mútua... E também essa repulsa mútua... Que, inevitavelmente, dura há tanto tempo? Vou fazer isso o dia todo. A força na direção oposta era a relação. Temos que imbuir à relação... De uma dinâmica que faca com que Hancock pare. Eles não conseguem se conectar. Se eles se conectarem... Física e emocionalmente,

Eles perdem os poderes. E é por isso que Hancock é o nosso último super-herói. Ele nunca tinha encontrado alguém como ele. Você tem que se afastar. Seus poderes vão voltar e logo vai salvar pessoas, rapidinho...

O trágico é que ele a ama. Mas também é levado a salvar vidas e a proteger a humanidade. E precisa ser super-herói para fazê-lo.

Antes de qualquer coisa, o filme é sobre relacionamentos... E sobre como é difícil mantê-los.

Todos esses anos... Sem saber quem eu era... Procurando algo...

Hancock sente que falta algo na sua vida. Era a Mary. Então, é você. É isso que está dizendo. Você é quem eu procurava. O trágico é que quando ele está com Mary... Quando ele passa algum tempo com ela... O vínculo faz com que eles percam seus poderes. Os poderes vão desaparecendo. Que é o que ela quer mais que tudo. Viver para sempre não é tão bom assim. Há boas razões para se fazer parte do ciclo... De toda a vida orgânica no planeta.

Boas razões para se juntar a ele. Você só vê o lado bom das pessoas. Ela meio que relaxou

Ao longo dos milênios. Acho que percebeu ao longo dos anos...

Que ajudar algumas pessoas... Faz mais sentido do que ajudar as massas.

Achei a história imperfeita e interessante... É que ela nos dava... A oportunidade de explorar tudo... Sobre a condição humana.

PS: Sim, recomendo assistí-lo. Vale a pena. É muito legal.

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