27 setembro, 2014

Eu, você, dialética, variáveis e organização das ideias

(Este post está em construção, leia por conta e risco, amanhã ele pode ser outro.)

Editado: 8/10/2014

Quem acompanha o blog, e eu, sabe que embora a pesquisa do mestrado esteja meio parada ela não saiu da minha cabeça. Também sabe, ou deveria saber, o quanto é complicado explicar as nuances de determinadas visões para mim. E também do quanto eu acabo desistindo, me frustrando até, em tentar explicar algo que é tão abstrato ainda

Relendo o parágrafo anterior chego ao antagonismo/contradição de que ficará abstrato, pois o abstrato, quando explicado deixa de sê-lo e é tão desgastante o exercício de fazê-lo, parece interminável; e não, necessariamente é viável ou necessário, vou tentar explicar.

É tão difícil sentir/ver a semelhança, quanto mais explicá-la ou adaptá-la. Se é necessário, ou não, dependerá do fim desejado, do todo esperado, não das partes.

Por que a minha agonia é mais significativa que a sua? Se ainda não consegui construir a minha a ponto de verbalizá-la(?), penso. Desse ponto de vista, dar atenção a sua, que já está pronta, é, muito mais prático e inteligente. 

É muito mais formal, padrão, "fácil"; pois somos todos "formados" para ver e tratar as coisas assim. Somos ensinados desde o começo (quando nascemos) a pensar de uma determinada maneira (pois nossos pais, professores, mestres assim o fazem). 

Seguimos um roteiro, inconsciente, mórfico, dadas as caracteristicas pessoais, mas ainda sim, formado dia após dia a partir de um processo estruturado.

Tratar um problema que existe frente a um em construção... 

E, na releitura, novamente, acredito que o parágrafo anterior tem um problemas lógico, mas vou ignorar minha dúvida para avançar; mas que fique registrado: se o problema está em construção (abstrato), ele existe ou não ao ponto/para ser tratado? 

Racionalmente e socialmente, agrupo, revejo, explico, revisito, largo, pego, analiso, separo, agrupo novamente e assim, passo-a-passo, tento, aos poucos, formatar a ideia (literalmente damos forma, padrão, ao conceito). Mas isso me incomoda, pois temos que ficar dividindo em partes e acabamos por despriorizar o todo.

Mas sempre parece que é minha a responsabilidade de resolver um problema que é tão incomodo para mim, em mim. Compartilhá-lo, como agora, é atirar uma garrafa ao mar, talvez alguém encontre e esteja disposto a dedicar tempo nesse resgate, mas quando chegar, o naufrago estará vivo ou ja terá sido resgatado? 

O tempo é continuo, ele é a única constante. O todo, inclusive sua transformação, ao longo do tempo  deve ser considerado, de modo que se quisermos dar forma, não daremos, ou não devemos, se quiser tratar TODO o problema.

Soa arrogante, mas não o é. Já compartilhei, compartilho tanto que estou escrevendo no blog, mas é doloroso, difícil; entretanto,  tenho me surpreendido com as filtragens, descubro outras coisas, e espero que entendam que não é, mesmo sendo, pessoal. É individual, e por um defeito meu, conseguir compartilhar algo tão "etéreo" parece-me até bobo demais diante de outras angústias.

Enfim, há poucos dias, descobri que essas contradições, que tento explicar são vistas por um método: a dialética.

Há uma parte enfadonha, ao meu ver já aviso, já que o seu principal diletante era Marx, de modo que toda conversa a respeito do assunto acaba indo para capital, economia, classes, etc. 

É enfadonho/chato, por que não é ali que está meu foco, faz parte, mas não é uma parte tão essencial do que vejo, pelo menos não é essencial para mim, neste momento. E não faz sentido prestar atenção nisso. Embora, seja uma constante para a minha forma.

Camos tentar explicar:

Não pelo fato de ser apolítico ou por ser desimportante ou ainda qualquer outro argumento que queira inviabilizar a pesquisa/preocupação de Marx e seus seguidores, apenas, dentro do tudo, não é aquilo que enxergo como essencial ao MEU problema. Então "como isolá-lo? Não sei, de modo, que o ignoro, e, ele fica em suspensão, até que seja necessário.

Tá em ebolição, afetará esta parte, tem grande importância ao todo, principalmente por que vejo a mim e a tecnologias e pessoas, mas é um problema quase que paralelo. Que não pode merecer atenção, embora, afete diretamente o texto, o contexto e a mim (sou uma pessoa, ainda).

Por que afeta e por que deve ser colocado a parte?

Afeta pois: eu, Raul, estou contido na sociedade atual, capitalista, do ano de 2014; e, necessito pois ganhar dinheiro, comer, viver para escrever em um computador que consome energia, que é um serviço pago, e o computador, também é pago, e a internet, também o é.; assim como a comida, a casa, O TEMPO que gasto para tentar resolver um problema não construido e abstrato. Ufa.

TODO ESSE PEDAÇO, notem a contradição "pedaço do todo" faz parte do contexto lido e formatado por Marx. Assim, por que devo colocar em suspensão/ignorá-lo se ele afeta diretamente a pesquisa. Porque não fui/fomos ensinados de outro jeito. E "não quero" falar disso. 

Essas afirmações, são horríveis e é tão complicado afirmar algo, que não fui a fundo (muito mais fundo) para saber, enfim, em aparência e momento, a aplicação da dialética ao nosso "cara" parece que não deixa o assunto observar outros pontos. Mas dialética é legal. Pelo menos o ambiente que trata, até onde li, o é.

Explicações pessoais à parte, o que quero deixar claro/esclarecer é o ponto de vista máximo: de todo o percurso, DO TODO, é inviável a uma única pessoal avaliar tudo. Pois, ela é um pedaço do todo. 

Caimos no problemas de filtro, e onde acredito que a tecnologia nascente, digo nascente num contexto maior que muitos anos, de BigData poderá fechar algumas lacunas de visão mais ampla. Já que armazena e trata informaçoes mais rapidamente e em quantidade significamente maior.

Mas não quero me enganar, também não visitei a fundo o uso e aplicacões desse conjunto de tecnologias. Quando me refiro a BigData, penso que é uma ferramenta, que será capaz de suprimir buracos nessa linha de raciocínio. 

Mas para isso, ela deveria deixar de seguir os processos formais e trabalhar, talvez, semanticamente?

Mas/Pois os constrastes e paradoxos lógicos que existem no desenvolvimento da nossa tecnologia atualmente usados, para esclarecer esses mesmos peoblemas, se visto sob a otica formal, nao faz sentido, mas pelo que li da dialetica, faz todo o sentido do mundo. Pois eles fazem parte da mesma moeda, eles são o conjunto que formam o contexto.

Tentemos, por partes, arrumar as ideias em ebolição.

Em várias conversas usei o exemplo da elipse da minha vida, da mola que me faz agonizar toda vez que parece que voltei ao mesmo ponto, ou parece que voltei duas casas, antes de continuar. Onde parei, olho e penso: onde estou errando? Por que as coisas ficam voltando, mas não voltam iguais, não são as mesmas. Eu não sou o mesmo e agora, além de tudo, sou mais medroso resistente, tenho menos tempo, menos impetuosidade e começo a questionar mais. Também sou mais experiente, sei de mais coisas, sou mais independente, tenho mais recursos do que tinha com 15 anos, tenho mais e tenho menos. Eu mudei. Não estou no mesmo lugar.

E isso, não sou EU. Sou EU, é você, somos nós em infinitas elipses.

 A esfera alí, sou eu, é você. Os ciclos, são comuns a todos nós que estamos próximos num todo. Que sobe e desce..

 Mas visto de cima, parece quase a mesma coisa, se a esfera estiver no "mesmo lugar", dependendo do ponto de vista, ela não se moveu, mas a elipse, pode tê-la feita ir para cima ou para baixo, pois o tempo é um continuo.

Repara: a linha vermelha de ascendência ou descendência não está em todas as linhas da elipse.


Enfim, essa era uma tentativa de ilustrar essa ideia de idas e vindas, em evolução temporal. Mas olha que bacana, o trecho que veio na aula:


Vamos dar um zoom nessa tinha tempo e indivíduo para ver onde as coisas caminham juntas, colidem ou se afastam.


Isso posto, vamos transformar o individuo em círculos. 


Adiantando uma pergunta que está me incomodando e não sei onde colocá-la no texto: qual a aplicação prática disso? Qual a pergunta que quero responder? 

No caminho até aqui pensei: é nesse contexto que podemos explicar angústias e metas gerais. Demonstrar que embora o crescimento geral de um esquema individual, ele o é no mais puro da palavra, individual. E como, conciliar isso ao contexto de coletividade? É certo, dedicar esforço a uma media, quando se observa o futuro 

8/10 - Devemos considerar que a linha tempo/indivíduo é fluida como um jato dagua. Com a força tendendo a queda na característica e dinâmica atmosférica ou, da inexistência dessas tração gravitacional reta ou levitacional. 

Considerando que cada inferência é uma variável que interfere de algum modo nessa linha fluidica. Seja pelo acréscimo ou decréscimo de força, potência, resistência ou o que quer que seja nosso poder é somente aquele de interferir no seu caminho.

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